Vivo num bosque de depravados
Completo de pessoas secas
Gente que não se permite e esquece
Corpos pelo chão, nenhum adormece
Nenhum feixe de luz
Passando pela cruz
Carregada por mim
Neste caminho sem fim
Jogado ao chão
Enquanto as gotas me perfuram
Todos já foram
Agora a vida me tomam
Torno-me lama então
Parte da mãe natureza
Podre em minha essência
Grotesca, santa paciência
lá onde reina o silencio
as fortes ondas acalmam
o olhar em furia
do jovem rapaz
perdido no caminho
de um mar de vinho
que evapora, destroça
tudo além do horizonte
fumaça que recorda,
ancora, decora a paisagem
vista de cima uma pintura,
por dentro uma tortura.
que traga tudo em fúria
sem deixar sinal
distancia fatal, união matrimonial