Aos olhos castanhos
Escuros como a noite densa
Sem carência de momento
Revela pesadelos aos atentos
É doce essa tua melancolia
Que faz-me perder os sentidos
Entorpecendo-me a alma
Na fuga dos vampiros famintos
Torno-me então presa fácil
Pela inocência existente
Condição momentânea, amargo presente
Que nada perfeito, tornou-me suspeito
Culpado, julgado, condenado.
Petrificado por tamanha maldade
Daqueles que passam, disseminando-a
Quando se vão carregam teu íntimo, tua privacidade
Num ato ínfimo de pura perversidade
Suplico que deixem-me em paz
Um trago, fôlego, nem um momento a mais
Mantenham-me acordado, a temer o correto
Caso partam, hei de cair no sono eterno
Afinal, pelo que tanto espero?
Tua distancia preocupa minha mente
que já não está no presente
vivia no passado, agora alucina de repente
agora estou a pensar
chapando no bem estar
a cada segundo a me perguntar
quando nossos lábios outra vez ão de se encontrar
fazendo minha mente repousar
Nos leves toques dos dedos teus
Que arrepia muito mais que os pelos meus
É como a liberdade desconhecida
Não sabemos do que falamos
Mas nessa viagem vou na janela para curtir a vista