Poesia

Marcas do tempo

Marcas do tempo

O vento soprou o meu rosto
uma ruga contou os anos do meu olhar
e minha boca cantou de desgosto
me fez o tempo incriminar

O vento não é culpado
mas o tempo esse enganador
esse invisível desocupado
de efeito destruidor ou fortalecedor

As rugas minhas não são
mas do tempo esse traiçoeiro
que está por todos os lados em ação
passando rápido e sorrateiro

O tempo passa mas continua presente
e eu perfeitamente me encaixo em suas entranhas
teimo em ser jovem abusadamente
e livremente recuso essas marcas estranhas

(Angélica Araújo)

Angélica Araújo Angélica Araújo Autor
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