Em pleno ar, a borboleta olha
Uma simples flor silvestre no galho,
E por fim, leve, começa o trabalho –
Mas algo a distrai... o verde da folha.
Uma cor tão bela assim, pensa ela,
Nunca encontrou nenhuma. Nem o branco
Das nuvens em viagem saltimbanco
A desenhar no céu algodão em aquarela!
E se entende amante de nova cor
Primeiro nem acredita. Mas vê –
Era verde mesmo! E alarga o olhar.
Depois voeja cheia de calor
Roda gira em alegre balancê
E feliz convida a flor a bailar.