Se as palavras são escassas de amor
É a obra de arte que a mim é intocável
Aqui está entalada em minha garganta a dor
Que beleza encantadora! Que cheiro amável
A minha esperança jaz morta. Mas nada é inquebrável
E eu, ao seu lado, como um ladrão na escuridão
Que ainda admira esta linha torta. Esta moça saudável
Vou morrer amado. Viver na solidão
Tudo que escolhi vai em vão
As obras de arte não existem
Não me dê a mão
As obras de arte são intocáveis
Os homens a usarão então
As obras de arte são preciosas
Aqui não estarei, então morrerão
“Estou certo
Ela é muito
Sou eu cafajeste
Um poeta sofrido
Um mísero amador”
“Estou errado
Ela é pouco
Sou eu cavalheiro
Um poeta valente
Um corajoso galanteador”
