Aos mortos escrevo essa carta
pois os vivos me assombram
a liberdade ilustrada em pudor
nas montanhas sagradas do pó
somos inalcansáveis
e estamos quebrados
onde está nosso criador?
mentorias aos reis, e nós súditos?
nos enviam genocidios
e palavras que de nada brandam
aos mortos nós clamamos
saudades a vós cantamos
findamos cruzadas sem fim
sem saber se estaremos vivos.