Poesia

Constantinopla

Ei você quanto tempo faz
as vezes me encontro em paz
e de novo você aqui

não me inverta os papéis
promessa aos fiéis
devotos do teu cordel

e quando as bombas cairem aqui
quando tudo acabar quem vai sorrir?
desse lado não há perdão mais

e aos meus delirios sordidos
um brinde a nossa solidão
um brinde a toda nossa paixão

E depois de tudo isso
quem vai nos julgar?
a onde espera estar?

Entre as linhas achei
na verdade eu não sei
quanto tempo temos mais

professias ancestrais
no pecado derramou
e todo o reino então cairá

e quando as bombas cairem aqui
quando todo o inferno subir
e a terra vingar todos vocês

e aos meus delirios sordidos
um brinde a nossa vaidade
um brinde a toda nossa estupidez

a nossa embriaguez...

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
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