Poesia

Ó danado

Ó danado que não sabe o que quer;
Que não decide o que é;
Que não controla com quem é...

Ó danado que acaba com qualquer um;
Que bate por quem o trata bem;
Que escolhe, as vezes, quem no fim não lhe trata bem...

Ó danado que não se decide se vai para Leste ou Oeste;
Que não é como seu amigo que fica Norte;
Que pensa nas consequências que poderam levá-lo até a morte...

Ó danado que palpita forte;
Que faz doer mais do que um tapa forte;
Que maltrata mais que arranhar e corte;
Que não pensa que a dor é maior por dentro por não saber como colocar tudo pra fora em trechos sem cortes...

Ó danado que deveria ser como o amigo que ta Norte;
Que deveria ser pensante, não pulsante;
Que deveria ser controlado, não desgovernado...

Ó danado coração, em;
Que não sabe por onde te levar, em;
Que não sabe que pelo erros deles, ele acaba te magoando em!

Ó danado coração, em;
Que por pulsar demais
Por sentir demais
Por querer demais
Acabar doendo demais
Acaba maltradando demais
Acaba doendo demais...

Ó danado coração, em;
Que te faz pensar naquilo;
Mesmo quando você não quer pensar naquilo;
Que te faz querer aquilo
E ao mesmo tempo faz com que não queira aquilo...

Ó danado esse coração, em
Que te confunde todo
Mas que te faz um todo.

Maria Luiza Maria Luiza Autor
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