Ela é fogo, é água, é vento
Ela é o sol indo em um repouso sereno,
é a lua iluminando os passos do menino moreno.
Ela é uma pequena parcela das estrelas,
Ela é forte,
inteira,
quase inquebrável,
inalcançável...
Ela é mato que cresce na selva,
árvore que balança junto ao restante da relva,
É pássaro que voa sem destino.
Ela é ela.
Toda intensa,
toda cheia,
toda confusa,
sempre se reconstruindo para não morrer em uma tempestade de areia,
Cheia de dúvidas,
de medo,
incertezas.
Ela é o ar,
o vento que chega na costa,
a brisa do mar que canta ao som das ondas que quebram nas rochas.
Ela é gata que chega, olha, deita e relaxa,
Anda fina em uma saia e mais ainda em calça comprada em loja de esquina barata.
Ela é coruja
Que observa a noite chegar
calma e o pôr-do-sol despontar,
contando, satisfeita, à hora passar.
Ela é ela,
necessária para si,
amada por si e jamais,
em hipótese alguma,
alguém irá roubar-lhe de si...
Pois ela é dela!
