Poesia

Carta aos Notáveis

Esbeirava [eu] a tantas noites
no exílio dos corpos notáveis
onde algozes vieram aplaudir-me
nas margens, pois onde estou

os cegos não vêem a verdade
do pó viestes mas das estrelas
e quando terá fim essa sonata?
pois ao menestrel devemos comoção

desta bela partitura havemos de cantar
pois nós somos deuses
também [nós] somos filhos
esperando ardentemente pelo retorno

do ouroboros e
diante do eterno
deixaremos a mediocridade
de nossos corpos vazios.

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
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