Poesia

Novamente Tu me aliviaste

De imediato me veio você á mente, veio junto uma explicação talvez absurda, mas totalmente lógica pra essa "raiva" ou pena que tenho do ser humano, em principal os homens. A carência (odeio essa expressão, mas tenho que admitir que a tinha hahaha) que hoje em dia não faz diferença alguma, mas que fez e muita diferença na minha vida, a carência paterna. O simples fato de você, meu pai, ter sempre sido um homem horrível, traído todas as mulheres com quem se relacionou, ter traído também minha mãe, ter tido a atitude absurda de dizer que eu não era seu filho, mas sim o fruto de uma traição, nunca ter me aceitado como filho seu (como eu era muito pequeno nem percebia de fato isso), nunca ter me amado como seu filho, só lembro que doía muito.
Você era, é ruim dizer isso, mas você era um canalha e, dou graças a Deus por não ter puxado isso de você. Mesmo que eu te entenda, saiba de todos os problemas que você teve, não consigo dizer que isso seja algo aceitável, mesmo que só um pouco. Você era obeso na juventude, nunca conseguia a mulher que queria, deve ter sido ruim mesmo, mas depois que ficou adulto, ficou bonitão e traia todas as mulheres com quem se relacionava, até batia (incrivelmente na minha mãe você nunca bateu, somente uma vez você tentou, mas não vou dizer o que aconteceu aqui, pois vai tirar o foco do texto e ele vai ficar muito grande, tirando assim o saco das pessoas lerem).
Eu não gosto dos homens, da maioria, e é por isso, muitas às vezes até me perguntava se eu era gay (sim, me perguntava) {rindo pra caralho agora} por sempre preferir a amizade feminina, sempre me dar melhor com as mulheres, por nunca gostar de jogar futebol, pelo fato de que lá só tinha muitas pessoas juntas e eu não gostava delas. Preferir ficar sentado olhando os outros fazerem algo na aula de Ed. Física, nunca matar aula com a galera, pois não queria a companhia deles (mas nisso eu mudei, consegui mudar e muito). Ah um detalhe, caso vocês pensem algo do tipo: nossa esse cara deveria ser um gênio na escola. Enganam-se, eu era uma anta, um jumento mesmo, odiava ir pra escola, odiava estar perto das pessoas. Não me dava bem com ninguém, talvez eu fosse um mimadinho babaca que merecia tomar uns socos na cara. Bom, isso eu ganhei um pouco, mas todo mundo morria de medo do meu irmão, então me livrei um pouco hahaha. Mas é estranho a maneira como as coisas mudaram sabe, hoje em dia, diferente de alguns anos atrás, quando saia com os roqueiros da cidade pra brigas de bar, etc. eu odeio briga, não suporto nem jornal direito, é muita maldade, muita violência, amo a paz, amo ver pessoas rindo e se divertindo, gosto demais da paz e por incrível que pareça, eu não sou hippie.
Fim

Calel Duarte Calel Duarte Autor
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