Deixe-me só.
Falta-me a saudade do tumulto
Dos malignos olhares sedutores,
Ativos e sequenciadores.
De voracidade
Jamais confortável.
Deixe-me só.
Sobra-me medo do convívio
Com as pessoas da rua,
Das festas, das malícias,
Que carregam temores
Jamais presentes em mim.
Deixe-me só.
Aqui, a solidão
Rege minha criatividade
Úmida com águas frias e conversas pessoais
Fugindo da normalidade dos círculos
De desejos fúteis e nada empáticos.
Deixe-me só.
Desculpe-me indo embora
Mas deixe-me só..