Poesia

Deixe-me só

Deixe-me só.

Falta-me a saudade do tumulto
Dos malignos olhares sedutores,
Ativos e sequenciadores.
De voracidade
Jamais confortável.

Deixe-me só.

Sobra-me medo do convívio
Com as pessoas da rua,
Das festas, das malícias,
Que carregam temores
Jamais presentes em mim.

Deixe-me só.

Aqui, a solidão
Rege minha criatividade
Úmida com águas frias e conversas pessoais
Fugindo da normalidade dos círculos
De desejos fúteis e nada empáticos.

Deixe-me só.

Desculpe-me indo embora
Mas deixe-me só..

Mattheus Da C S Mattheus Da C S Autor
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