Confesso, escondido eu tentei sorrir.
Tentando ter em mim o teu riso fácil,
Lembro tu me chamando de dramático,
Perguntando-me por que ainda não desisti?
De saudade passei a imitar teu jeito de escrever
Como se fosses tu, dizia a mim que fazia falta...
Dizia a mim, não mais saber viver sem você.
E assim, como quem ler agora, eu me perdi!
E não soube mais o que eu passei a ser...
Se eras tu o que eu sempre quis em mim,
Ou se eras eu o que nunca serei em você?
Passei então, a escrever sobre esse embaraço.
Esperando que alguém mostre a ponta do laço,
E me faça chegar até você, por que eu perdi.
NUNES, Elisérgio.