Qual abelha
suave e ferina,
pouso entre
tuas pétalas
lascivas de mulher
e colho dali,
a vida,
o vício,
a vacina
que chacina
meus momentos
de solidão,
instantes doridos
dos desbejos
atormentados,
desabraços - carentes
desencaixes na sofrência vivida
ausente de ti.
Te amo,
renitente beija-flor,
buscando no mel desse amor,
o prazer lenitivo, sentido
quando colho o gozo
de me possuires
quando te tenho.