Poesia

1ª do Singular

O manto que me cobre de finura
onde tropeço diante de minha abstrata dor
no chão encontro-me em real pudor
exergo os sussurros de minha leitura

Todas as vezes que caí em tentação
perdoa-me pois sou humano Senhor
e as noites em que não amei foram em vão
mas dou a mim o direito de ser quem sou

O que me maltrata é essa antiga dúvida
o que me consola é que ela me move
talvez a resposta seja apenas vida
sentir-me vivo é o que realmente me comove

Serei eu,
singular e não obstante,
as vezes distante,
poesia que os amantes...
sempre sonham em sê-la.

Ícaro De S E S Ícaro De S E S Autor
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