No momento em que não sei o que sinto,
abro os olhos e, voltando-me para dentro, nada vejo.
N`alma trago um grande questionamento indefinido margeado por sentimentos obscuros.
Minha alma é pois um grande rio,
calmo e ao mesmo tempo obtuso.
Um rio sem caminho, nome ou rumo.
Mas se os rios nascem de suas singelas fontes,
que tenho eu no peito?
que em noites silenciosas e profundas,
nasce um rio de antíteses e metáforas.
04/02/2017