A uma rosa
A praia do mar, a fria brisa que sobre a areia
finda as ondas que percorreram tantas marés,
tantas correntes.
O círculo branco, semelhante ao da vida, que
dispersa o seu brilho sobre todos, contrastando
com o manto escuro da noite. Provocando
sensações, sentimentos, sinestesias.
Olhos atentos sobre essa maravilha divinal.
Olhos achados na imensidão do teu ser, através
das janelas da tua alma.
Em meio ao frio, uma energia dominante
começa a emergir nos corpos.
Não há como resistir e surge
encantadoramente o beijo, a mordida, o lábio
puxado por uma boca que parece dizer
"mais".
O toque, o calor, o arrepio, os corpos que
conversam, que entendem e, por isso, se
respondem. A mão que vai do braço, à cintura,
às costas, à nuca, as unhas, o arrepio, ao
cabelo, puxado.
Poder contra a parede e se sim, fazer tudo
novamente até que a lua nos deixe.