Não me castigai oh ser celeste, mas ouça.
Dizem que vós nunca estais a dormir!
Porém, diante das vis mazelas da vida
Com os olhos fechados tu sempre estar.
Diz-me então a quem eu posso recorrer?
Se ás vezes a minha voz tu não escutas.
O meu tormento não consegue enxergar,
Ou talvez simplesmente não queres ver...
Diante do teu silêncio aqui estou, irresignado.
É que se tornaram pesados demais os fardos
Tu de disseras não abandonar, mas aonde está você?
Talvez não seja válido o meu questionar, mas dizes!
Por que os maus que te desafiam tu os enaltece?
E os bons que te adoram vós estais a esquecer?
NUNES, Elisérgio.