Versos nulos, perdidos
Tantas vezes distantes
De nacos de nuvens
Como pássaro ferido;
Tantas vezes forçado
Por um clamor invasivo
Banalmente real
De um olhar deprimido.
Ora forçando as portas
Do irreal onde jaz a beleza
De um desejo feliz,
Ora levado por um melodrama
De um sentimento confuso
Que o coração não quis.
Versos de origem incerta
Sem nenhum sinal
De matéria própria..
Mas a poesia que o cerca
Comporta, conforta...
(Alexon Brandão)