Sentir no teu beijo a ânsia
No abraço apertado o desejo
Na paixão suicida o medo
Na doçura do momento o Amor
Nos corpos embebidos de prazer
Um instintivo segredo de viver
Loucuras tramadas pelos anos
Volúpia dos irracionais aos humanos
No gemido sentido a virilidade
Na satisfação do próximo o egoísmo
No silêncio da noite o aviso
No próprio deleite da carne o abismo
Anjos humanos em terra profana
Contra o não-Amor que se proclama
Na dubiedade a vida se faz
E sem amor onde encontrar a paz?
(Alexon Brandão)