Na hora mais fria e crua
Em que a solidão aperta
O pensamento voa...se liberta,
Encontra-te assim calma e nua
Com um sorriso de flor aberta,
Lânguido olhar que me insinua
Tanta ternura a ser descoberta,
Tanto desejo a fluir da boca tua.
Tantos sabores que o prazer desperta,
O sangue a queimar em sinal de alerta,
Teu corpo no meu ao clarão da lua...
Retorno a si na hora mais crua,
Triste e vazio na noite deserta.
Você não está...e a solidão aperta!
(Alexon Brandão)