Poesia

Carne Moída

Carne Moída

Vou beijar suas carnes
Moídas
Suculentas
Abertas
Mal cheirosas
Vou transar com seu cadáver
Desfalecido
De olhos abertos
Me olhando
Me jurando
Amor eterno
Vou arrancar sua Mandíbula
De dentes careados
De língua cortada
Pra fazer molho de
Pimenta
Vou abrir seu corpo
Pra examinar
O Causa-mortis
Se foi por heroína
Ou por vírus
Protozoário fungicida
Vou vomitar meu leite procriador
Em sua porra
Pra ver se você
Aluga um rebento
pra mim
Meu leite é sua merda
Sua merda é meu leite.

Heraclito J C Santos Heraclito J C Santos Autor
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