Quasar pulsante que tenho ao peito
Alimentado infinitamente das quimeras passadas
Todas engolidas pelo buraco negro do tempo
E jogadas para além... na eternidade das lembranças
Aglomerados lácteos
Nebulosas das ilusões
Ondas gravitacionais de mundos findados
Clarões de almas já não existentes
Para além de tudo isso
A solidão como companhia
O contemplar num insight
Todo fluxo temporal
Desperdício ter todo universo
Garganta a dentro
Se esse tecido de poeira
Prende-me a alma
Ontem sonhei que abria
Minhas asas invisíveis ao infinito
Para além dos multiversos
Para o centelhar que ainda estava a caminho
O brilho que percebi
Mesmo antes de sua luz
Chegar a esse lugar distante
De tudo que é para sempre