Poesia

GALATÉIA

Quasar pulsante que tenho ao peito
Alimentado infinitamente das quimeras passadas
Todas engolidas pelo buraco negro do tempo
E jogadas para além... na eternidade das lembranças

Aglomerados lácteos
Nebulosas das ilusões
Ondas gravitacionais de mundos findados
Clarões de almas já não existentes

Para além de tudo isso
A solidão como companhia
O contemplar num insight
Todo fluxo temporal

Desperdício ter todo universo
Garganta a dentro
Se esse tecido de poeira
Prende-me a alma

Ontem sonhei que abria
Minhas asas invisíveis ao infinito
Para além dos multiversos
Para o centelhar que ainda estava a caminho

O brilho que percebi
Mesmo antes de sua luz
Chegar a esse lugar distante
De tudo que é para sempre

Rey Mendes Rey Mendes Autor
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