Lembro da minha feliz infância
Um mundo movido pela brincadeira
O que a outros parecia asneira
Eu via como risonha petulância
Lembro da várzea, do melhor amigo
De como os pensamentos eram puros
Em detrimento de hoje, tão obscuros
O que terás comigo acontecido ?
O antigo lar, meu venerável abrigo
Vislumbro-o e logo devaneio
Do breve sonho, opaco e rasteiro
À minha maculada índole, retifico
Promulgar esta vanglória é o que me resta
Minha modesta, infância impávida!
Em represália ao lembrar, como se atesta
Em mim se manifesta, uma lágrima!