Um buraco na estrada,
um tombo no chão,
um respingo de lama,
um estrago na mão.
Uma dor, um gemido,
a vontade cansada
de esquecer e dormir
lá na beira da estrada.
Um buraco na estrada,
um buraco com lama,
que o corpo sofrido,
decaído, reclama.
Um buraco e a lama,
a lama e a estrada...
é o corpo, é a cama,
não é vida sonhada.
É o sono, é a noite,
é a alma penada,
é um corpo sem vida
no buraco da estrada.