MADRUGADA
Cálidas madrugadas
de bêbados desiludidos
de amores perdidos
de pessoa sem razão.
Tristes madrugadas
de pessoas tristes
de cabarés em gente
e mulheres abandonadas.
Madrugadas sem fim
dos viciados inertes
de crak que não esportista
e gente sem rumo.
Ah, na minha madrugada^
vê-se de tudo:
mudas mulheres mundanas
que sem fio nem pavio
de errantes e solitários marginas.
Triste madrugada
triste de mim que não consigo dormir
e com a ralé insone me junto
para que os sentimentos possam explodir.
Julho 2009