Poesia

Clara


Clara apagou as luzes para chorar
Derramou angústias líquidas no sofá.
Clara apagou as luzes,foi se deitar,
e nadando em pesadas águas pôs-se a pensar
senso comum,ditado popular:
colhemos o que plantamos
- De quantas sementes ruins fiz meu pomar?
Clara fechou os olhos,não queria mais olhar,
dentro de si ou no que se viu transformar

Clara acendeu a luz,clareou o seu olhar:
se aquilo não estava bom,pior não deixaria ficar!
Clara abriu os olhos e deles não deixou gotas mais brotar
Percebeu que as tristezas eram seus frutos
e se não começasse outras sementes procurar,
tristezas seriam as próximas coisas a plantar.

Clara abriu os olhos e preferiu um novo caminho tomar
[pôs-se a filosofar]
(dine)

Ariadne Chaves Ariadne Chaves Autor
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