Chegou minha hora,
Hora de ir embora,
Dará início a partida,
Com flores e velas dará início a despedida,
Iniciando o começo do velório,
Com familiares, amigos e conhecidos,
Assinando o testemunho do óbito.
Ali uma mesa no canto,
Com café e chá pra tomar,
Alguns transbordando em pranto
E vindo uns aos outros se consolar.
Próximo ao caixão gente sentada, de pé e de joelho,
Rezando o pai nosso, ave maria e salve rainha,
No acompanhamento do terço
E ao termino da madrugada aproxima-se o cortejo.
O caixão terá que ser fechado,
No carro da funerária ser colocado,
Alguns carros atrás enfileirados
E no pisar leve do acelerador é acompanhado.
No portão do cemitério inicia-se a caminhada,
Rumo a sepultura já escavada,
A espera da carne sem vida ali será colocada,
Porém não será ser minha nova morada.
O caixão já no chão próximo ao um monte de terra,
Destrava as travas e abre a janela,
Para uma última despedida de uma vida que era,
Pouco a pouco sendo coberto pelo barro encharcado,
Por flores será enfeitado
E iluminado por velas.