Espelho, espelho meu...
Quando eu te vi, não era eu.
Os sinais que tenho na face
No outro é mero disfarce
Disfarce da minha aparência
Dos meus sinais de nascença.
Na verdade quem sou eu?
Quem é você do outro lado
Que fica o tempo todo calado
Repetindo os gestos meu?
Os sinais que carregas
É uma miragem perfeita,
Só que os meus são na esquerda
E os teus na tua direita.
E agora quem sou eu?
Depois de algum tempo
De muita contemplação
Descobri que sou só o reflexo
Da minha imaginação.
Pedro Barros