Poesia

Em mim há todos os exageros

Em mim há todos os exageros
e na minh'alma há todos os desequilíbrios.
Vivo sim, bem o sei, entre extremos.
Minha alegria é infinita
e minha tristeza suicida.

Vejo tantas bocas e olhos serenos...
E não entendo por que meu peito vive de opostos!
Tanto que estes versos esquizofrênicos
são reflexos do meu sentir metafísico
e do meu pensar demasiado humano.

Sou metamorfose exacerbada e célere de sentidos... menor e maior que outras tantas metamorfoses.

Agora me desinteresso por tudo.
Pouco importa as borboletas,
as vozes, as pernas desnudas, as guerras, os poemas ou o mundo...

Daqui a instantes desejarei o afago, as comezinhas lembranças, todos os afetos, o cão, a praça e todas as vossas presenças.

Luís Morais

Luís Carlos Luís Carlos Autor
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