Eu sou o sereno da noite
Sou do vento o açoite
Da neblina o ar
Da vida o suspiro
Ah isso tudo é mentira
Deixa a verdade eu falar.
Eu não sou nada disso
Sou apenas um zé ninguém
Que não tem um vintém
Para poder gastar.
Não preciso de real
Pois tudo é apenas fantasia
E nada do que já foi um dia
Será como agora e amanhã
Passa para cá o meu troco
Que eu também não sou louco
De todo meu dinheiro gastar.
Sou apenas um poeta
E poeta ganha muito
Mas não quero gastar tudo
Apenas de uma vez só.
Pedro Barros