Andarilho errante, vulgo indigente
Nômade moderno, eterno sobrevivente
Serias tu vítima do descaso atroz
Ou escravo de uma luxúria suicida feroz?
Nascido no seio da promiscuidade
Ríspida, inglória é a tua liberdade
Outrora dependeis da boa vontade
Dos nobres corações presentes na sociedade
Frio e fome, um dia sentiu
Tornou-se forte a isso suportar
Amaldiçoo o destino cruel e vil
Que te escolheu a martirizar
Em meio ao sujo, sua vida encerra
E de volta à terra, vens a integrar
Feliz és tu, alma esmera
O que te espera, poucos hão de herdar