Fio da minha infância, juventude e velhice.
Fio da vida.
Fio da minha infância.
Recordações que permeiam minha mente.
Quando ainda aprendia a viver, a sobreviver.
Na linha da vida procurei felicidades.
Que nunca encontrei.
E quando menos esperava.
Quando subiria ao ônibus meu cadarço desamarrou, cai sobre o meio fio.
Uma mão veio e me ajudou.
Mão macia que passou seus dedos sobre meus lábios, que sagravam.
Era um ¨anjo¨, lindo e loiro de olhos azuis.
Olhos azuis como nem um céu já visto.
O anjo, que logo se apresentou, era um ex-colega de classe.
Não reconhecei de primeiro momento mas logo lembrei dele.
Tínhamos 12 anos de idade. Faz sete anos desde então.
O seu nome era Darren, filho de Pedro Criss Ferreira e de Mary Criss Ferreira, ambos, atores e cantores.
Os pais de Darren são famosos no ShowBiz , além de viajarem o mundo todo realizando atividades filantrópicas.
Darren começou a falar de nossas brincadeiras de infância que já não me lembrava.
A partir de certo momento já não escutava mais a fala dele, apenas o frenesi da bateria de samba do meu coração.
Desde então, o cadarço desamarrado e amarrado em seguida restabelece laços de amizade verdadeira.
Todas as manhãs ele passa em minha casa para irmos a escola juntos.
Sempre quando precisava lá estava ele para amará o cadarço, sempre pronto a me ajudar.
Acho que estou apaixonado.
Logo o tempo tratou de finalmente sela nossa amizade em amor.
Tratou de nos amara com os cadarços da vida.
Com os abraços dados, sorrisos ridos.
E de beijos roubados.
Era primavera em Nova York.
Certa tarde, Darren me chamou para sair.
Mas exigiu em me vendar.
Eu fiquei com um medo tão gostoso que poderia viver o resto da vida a sentir aquela esta sensação.
Entramos no carro, mas não sei para onde ele vai me levar.
Perguntei a ele, mas apenas me respondeu, a não ser.
Vou lhe levar ao nosso Jardim.
Fiquei indagado. Nosso Jardim?
Como assim?
Fiquei tentado responder a minha própria pergunta. Mas nada consegui.
Chegamos ao destino, o carro parou e logo sentie o sua mão macia pega a minha para me ajuda a sai do carro.
Saindo do carro, ele tira a venda e logo reconheço o local, o nosso Jardim.
Era o Central Park, onde, quando crianças, brincávamos de pique e esconde e de jogar pedras no lago de baixo da arvore mais antiga.
E é para lá que ele me leva onde debaixo da arvore sobre a grama estava o mais lindo pick nick.
Sentamo-nos sobre a grama
Eu estava emocionado, tanto para salgar o chá com alguns lágrimas de felicidade.
Darren, veio ao meu lado.
Com seu lenço de seda enxugou meu rosto.
E quando menos esperava ele me deu um beijo na boca tão doce e quente que incendiou meu coração.
Darren então me perguntou, por que eu chorava.
Respondi que passei a vida em busca da felicidade, do amor, do amante. E se não fosse por um cadarço não saberia que ela sempre esteve ao meu lado, que havia deixado escapar, mas que agora segurarei com todas as forças em minha vida.
Darren sorriu de alegria.
Um sorriso leve e educado.
Pediu-me licença, e foi ao seu caro, o mesmo que nos trousse ao parque.
Aproveitei para degustar o gostoso lanche da tarde que ele havia preparado.
Quando de repente, ouvi minha musica preferida, a musica Glad you came, do grupo denominado, The Wanted.
¨The sun goes down
The stars come out
And all that counts
Is here and now
My universe
Will never be the same
I'm glad you came¨
Olhei para ver de onde vinha a musica.
E lá vinha ele, com seu violão negro como a noite, acompanhado de seus amigos que cantavam e tocavam juntos a ele.
Cantando minha musica preferida ele me convida para cantar com ele.
Levando-me e começo a lhe acompanhar.
¨You cast a spell on me, spell on me
You hit me like the sky fell on me, fell on me
And I decided you look well on me, well on me
So let's go somewhere no-one else can see, you and me¨
Ele sai em direção à multidão de pessoas e começa a convida-los a cantar e alguns não se a riscam mas outro soltam a voz, como uma jovem linda que canta a parte da canção:
¨Turn the lights out now
Now I'll take you by the hand
Hand you another drink
Drink it if you can
Can you spend a little time,
Time is slipping away
Away from us so stay,
Stay with me I can make,
Make you glad you came¨
Sempre empolgado e carismático logo chama atenção dos cidadãos nova-iorquinos que por ali passavam.
¨The sun goes down
The stars come out
And all that counts
Is here and now
My universe
Will never be the same
I'm glad you came
I'm glad you came¨
E ao termino do dueto, ele se ajoelha aos meus pés.
Gelei na mesma hora, e em minha mente falava comigo mesmo:
- Não, para tudo.
- É agora?
E do seu bolso retira anéis de ouro branco com brilhantes azuis celestes e recita partes da canção, One Hand, One Heart do musical West Side Story, de 1961.
¨Make of our hands one hand,
Make of our hearts one heart,
Make of our vows one last vow:
Only death will part us now.¨
¨Till death do us part.
With this ring, I thee wed.
With this ring, I thee wed.¨
¨Make of our lives one life,
Day after day, one life.¨
Era um pedido de namoro eterno, fiquei deslumbrado, mas logo voltei a mim, e com todos me olhando respondi que sim.
Todos ali presentes comemoraram com aplausos e assobios tipicamente americanos.
E desde então continuamos eternos namorados, amor enlaçado com simples cadarços desamarrados por este atrapalhado e amado ser humano.
¨ O caminho da felicidade pode está escondida em um simples cadarço desamarrado. ¨