Poesia

Ciente de que não posso ser mais do que posso

Ciente de que não posso ser mais do que posso
eu, inconscientemente, não vislumbro horizonte.
A estrada é perene,
a dor constantemente inconstante,
o caminho é perene,
a alegria inconstantemente constante.
O tempo não nos rouba nada.
Nós é que roubamos o tempo.
Negamos a ele a criação mais simples,
o pensamento mais ínfimo,
a idéia torta!
Não representamos um papel que foi atribuído a nós...
Vejo as flores, as folhas, os frutos...
muito deles mortos.
Logo penso,
não era e não o é deles o papel de autor neste breve palco.
A nós, nos cabe criar, pensar, seguir...
Nos cabe tarnsfromar
o caminho, a estrada, o agir
até quando o tempo nos permitir.

Luís Carlos Luís Carlos Autor
Envie por e-mail
Denuncie