Foi-se, no áureo da juventude
recusando-se a morrer aos poucos
liquidou a canalhice do tempo
com uma dose letal e única
de sublimicídio
Atirou-se do alto da plenitude
[do precipício]
ateando fogo à ponte e bloqueando as saídas
afundou com os navios
para não morrer pelas costas
traído
abriu o gás e fechou os paraquedas
[sem machadadas]
esvaiu-se sem ar, suavemente drástico
e fez-se ele o noves fora da prova morta
dos seus versos
Fim do derradeiro ato
e o bom menino, a três por quatro,
foi-se para não sumir
‘tranquilamente,
viveu todas as horas do fim’
dizendo sim,
poetas existem!