BODAS DE ESTANHO
Um dia, em 2003, saí para trabalhar
Somente à noite consegui retornar
E, surpresa, em minha sala de estar
Encontrei Rachel altos papos a levar.
Sem titubear e sem cumprimentar
Convidei àquela visita a se retirar
Adiantei que carona poderia contar
Desejosa que ela não voltasse cá.
Mas o tal sujeito não se intimidou
No dia seguinte, acreditem, retornou
E a visita que meu (in)consciente espantou
De tanto voltar, o caminho quase afundou.
Minha companheira e advogada
Começava assim a sua caminhada
Rumo à uma tão sonhada jornada
Ver sua própria família estruturada.
Em 2005, cada um apaga sua velinha
E, felizes, acendem uma sozinha
Simbolizando uma família, novinha
Marcando o começo de nova vidinha
Casal formado, vida entrelaçada
A partir daí família aumentada
Com a chegada bendita e abençoada
Do Heitor e Rafael, a garotada.
Hoje, felizmente, coroando eles estão
Dez anos de gratificante relação
É Bodas de Estanho. E por que não?
Festejar, nesta data, feliz união.
Assim, para Parnaíba o casal deu escapada
Queria comemorar sua própria empreitada
Primeiramente a dois, sem mais nada
Era importante revigorar a caminhada.
No retorno, juntos fomos então
Continuar aquela comemoração
Farto jantar foi servido pro grupão
Tal como requeria a singular ocasião.
Que bom com alegria a vida saudar
Pois até o Cristo veio nos ensinar
Providenciando vinho nas bodas de Caná
Que onde a vida acontece Ele está.
Por fim, digo com júbilo total
Bodas de Aço vamos aguardar
Pois publicamente o citado casal
Trocou juras de amor sem par.
Teresina, 16 de janeiro de 2015
Rosângela Sousa