Poesia

PEÇO PERDÃO

PEÇO PERDÃO
É junho, de Pedro, Antonio e João
Sinto alegria saltitante no coração
Minha aFILHAda está em nosso lar
Quanta satisfação isto me dá.

A bela Amábile também tenho cá
No quarto com Isa a descansar
Afirmo a felicidade a me extasiar
Por Regina as netas a mim confiar.

Outro motivo a minh’alma renovar
É a certeza que Giovanna me dar
Ela, Hugo, Raimunda, Isadora, Lalá
Também estão para aqui chegar.

O melhor é poder confessar
Que tão bom quanto esperar
É Marcos, Tarcísio, Rafael, Oscar,
Heitor, Rachel, todo dia contemplar.

Penso em Pierre que não irá desfrutar
Da alegria em nossa sala de estar
E em Lili, Pedro, Maria que, do fuá,
Pela distância não poderão participar.

Nesse ínterim, ouço insistente tilintar
O meu ouvido ousando maltratar
É pigarro, uma garganta, a anunciar
Maltrato, e, sobrecarga denunciar.

É um órgão cansado a implorar:
“_Preciso ar puro respirar
Mas o que se me descortina
Atende pelo nome de nicotina”.

Pensativa, começo a viajar
Relembro a felicidade sem par
Por Deus resolver me confiar
Diamante negro para cuidar.

Sofro por ter falhado tanto
A Deus peço perdão porquanto
Confiou em mim e porenquanto
Diante do estrago, tenho pranto.


Forte alento tenho comigo
A certeza que tenho e digo
Nunca uma bagana quis provar
Nem se CHARM, era charme usar.

Embora nunca vindo a fumar
Sofro por que não consegui evitar
Sofro incapacidade de não desviar
Meu filho da primeira vez tragar.

Ao Lado a Lado quero externar
Obrigada por aos fumantes alertar
Antes, dez anos, mudarás de andar
Apenas e exclusivamente por fumar.

Meu Deus esta realidade clama
Gotas de cristal meu olho derrama
Minha razão me culpa, reclama
Meu coração queima, é chama.

Receio minha amada nora chorar
Sobre um túmulo a se debruçar
E apenas com os filhos ficar
Por desleal luta cigarro travar.

Filho, peço-te, peça arrego
Te permite ajuda, meu Nego
Preciso ter você a me enterrar
O contrário não vou aguentar.

Minha sina incompleta estar
Se meu filho não se afastar
Da fúnebre ação Souza Cruz
Especialista em espalhar cruz.

Para encerrar este lamento
Este grito, esbravejo, tormento
A Deus, de novo, peço perdão
Se fraquejar mais um pulmão.

Rosângela Sousa – mãe de fumante (Teresina-PI, 01/06/2014)

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