Poesia

CARAVANÇARÁ



venho de milhares de eras de Sete Cidades
sou um milhão de civilizações gurgüê
pinto com sangue os paredões de meus atos
incompletos no Boqueirão da Pedra Furada
gravo na terra indescifráveis geoglifos
em picos de morros da Serra das Confusões
renasço em arte naïf nas espinhas de peixes
fósseis da Chapada do Araripe
enquanto na Serra Vermelha sobram apenas
as cinzas da ignorante ganância de alguns

Marcos Freitas Marcos Freitas Autor
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