Eu sou nordestino 
Esse é meu destino.
Tô cercado de areia
Em pé de vento.
E o Sol lascando 
Com secura, mas aguento!
Admirando muito 
A força do jumento,
Que é irmão e 
Parceiro no sustento.
Sigo em frente
Sem pensar
Pois tudo enfrento.
Trago entre os dedos
Um rosário bento.
De joelhos no chão
E olhar no firmamento,
Esperando pelas nuvens
De um céu cinzento.
Que amenize
Mesmo que um pouco 
O sofrimento.