É branca
a tela que encara
a fera amordaçada
nas jaulas de um poeta
Aos poucos
as garras soltam as asas
a fera vira verso
e a tela ganha alma
São loucos
os poetas enjaulados
transformando em fantasia
cada janela da grade
São santas
todas as telas vazias
soltando os nós das mordaças
que prendem a poesia