Poesia

A Ciranda da Meretriz

A Ciranda da Meretriz

Essência avassalada,
de obscuros desejos,
da sensação aliada,
aos mais turvos beijos.
Paradoxo total,
da atração sem medidas,
de virgens decaídas,
na atração fatal.
Estilhaço da emoção,
o viver é fragmento,
onde nossa salvação,
é resistir ao momento.
Relaxa tua alma,
desfruta a ocasião,
te entrega a tentação,
desfruta essa calma.
Saibas, porém,
que a morte é resultado,
dos prazeres saciados,
no calor de um harém.
Estúpida lascívia,
venenosa mais que tudo,
se entrega ao absurdo,
das noites extraviadas.
Conquistas desavisadas,
na calada que envolve,
um sentir que se resolve,
no mover da perdição.
Delira de prazer,
Para que obedecer?
os critérios puritanos,
são os mais levianos.
Te entrega nessa hora,
te estraga, te consome,
o teu seio é depravado,
aproveita esse homem.
Não importa a estação,
seja fria no amor,
quente no prazer,
e artista do terror.
Ainda no inverno,
queima e te ensopa,
apodreça no inferno,
com a alma morta. ( 27 - 10 - 2014 )

Werton Fonseca Werton Fonseca Autor
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