Poesia não é encosto. É a outra,
sempre acesa, nunca presa,
meio torta, toda solta
e muito escrota atrás da porta
Poesia não é encosto. É o coito
da palavra com os sentidos,
sem vestido, sempre afoito,
atrás da moita da libido
Poesia não é encosto. Nem é porto
de cansados navegantes,
foz do rio
é o gozo
dos amantes afogados
e de uma sereia em pleno cio