Crucificado como um criminoso
Da mais ínfima espécie, um vil escravo,
Sofre Jesus, na intrepidez de um bravo,
As agruras do transe doloroso.
Embaixo, a turba freme de ódio e gozo,
Vendo o sangue a jorrar de cada cravo,
E, depois de provar do fel o travo,
Morre o meigo rabi, terno e bondoso.
Por que sofreu assim, pungentemente,
O filho de Jeová, onipotente,
Sem brados de revolta de ninguém?
É que ao mundo aviltou tanto o pecado,
Que o próprio Cristo foi crucificado,
Porque na terra “andou fazendo o bem.