Poesia

Oração de Paz

Oração de Paz

Fecho meus olhos, em sinal de prece
Em sintonia com Meu Deus, estou
Qualquer fadiga em mim se desvanece
Ternas palavras murmurando, vou

Senhor Supremo, Pai Celestial
Humilde servo, à Tua Presença, vai
Sentir Teu Toque, que dispersa o mal
E paz de espírito, a um cristão, atrai
Rogo-Te, ó Pai, por este mundo ingrato
Onde a miséria já tornou-se um fato
Mais que constante, n’alguns pobres leitos
Vão tantos homens de encontro ao começo
Da decadência, cujo cume é o preço
Por se afastarem dos teus bons preceitos

Molham-se leitos, de sentido pranto
Esvai-se a vida, em agonia atroz
Comungam ódio, num terreno santo
Canta o canhão, em hedionda voz
Chora o pedinte, clama o mutilado
Descansa o morto, um tanto aliviado
Soam alarmes, sempre mais e mais
Tombam viventes, sobem aviões
Calam-se os cantos, cantam explosões
O caos se estende, sobre as capitais

Em muitos dias de poeira intensa
Fogo, fagulhas, desespero e dor
Prantos, soluços, terrores, descrença
Morte, anjo negro, único vencedor
Vem, Jesus Cristo, conduzir teu povo
Ao nosso lado, caminhar de novo
Que a Tua Paz floresça em nosso meio
Afasta a guerra, que nos faz tremer
Semeia a paz em nós, faz florescer
Uma esperança nova, em cada seio

Joaquim Da Matta Joaquim Da Matta Autor
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