Fecho meus olhos, em sinal de prece
Em sintonia com Meu Deus, estou
Qualquer fadiga em mim se desvanece
Ternas palavras murmurando, vou
Senhor Supremo, Pai Celestial
Humilde servo, à Tua Presença, vai
Sentir Teu Toque, que dispersa o mal
E paz de espírito, a um cristão, atrai
Rogo-Te, ó Pai, por este mundo ingrato
Onde a miséria já tornou-se um fato
Mais que constante, n’alguns pobres leitos
Vão tantos homens de encontro ao começo
Da decadência, cujo cume é o preço
Por se afastarem dos teus bons preceitos
Molham-se leitos, de sentido pranto
Esvai-se a vida, em agonia atroz
Comungam ódio, num terreno santo
Canta o canhão, em hedionda voz
Chora o pedinte, clama o mutilado
Descansa o morto, um tanto aliviado
Soam alarmes, sempre mais e mais
Tombam viventes, sobem aviões
Calam-se os cantos, cantam explosões
O caos se estende, sobre as capitais
Em muitos dias de poeira intensa
Fogo, fagulhas, desespero e dor
Prantos, soluços, terrores, descrença
Morte, anjo negro, único vencedor
Vem, Jesus Cristo, conduzir teu povo
Ao nosso lado, caminhar de novo
Que a Tua Paz floresça em nosso meio
Afasta a guerra, que nos faz tremer
Semeia a paz em nós, faz florescer
Uma esperança nova, em cada seio