TEMPO 
Poesia que descortina nas asas do pensamento 
    pérola escondida 
        vento. 
Tempo que rola frágil nas areias 
      de praia deserta 
    como contas de uma ampulheta 
Tempo que rouba meu sorriso de menina 
    teu olhar de criança 
  nosso jeito meigo de ser 
     nossa colheita. 
Tempo qual névoa em manto 
    a descer sobre os homens 
  a jogar com nossa história. 
Escondendo nossos brinquedos 
  aumentando nossos medos 
    roubando nossa memória. 
Poesia que descortina nas asas do pensamento 
    pérola escondida 
        vento.