Poesia

Avulso

Só quero o ímã que puxa
para o novelo do abraço
e injeta sangue no pulso

não quero o ardor moribundo
de um corpo em parafuso
dependurado no laço

eu vivo assim meio avulso
mas sempre ando no encalço
do curso que o rio traça

quem sabe o fio do riacho
apresente algum recurso
ao tribunal do ocaso

e os braços enfim se achem
mesmo que seja à pulso
ou por decurso de prazo


Pedro L R Pereira Pedro L R Pereira Autor
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