Poesia

O Que Eu Choro

Lágrimas que nada convencem
Não precisa disso
Tornam-se invisíveis durante toda a vida
Todos fazem o mesmo

Nada faz sentido
E ninguém faz nada

Não há força para uma voz
Não há disposição para respirar
Não há vontade de lidar

Dói e mata
Imploro para ser uma morte externa
Machuca morrer todos os dias

Em um eterno esforço para falar
Para pensar
Para comer
Para esperar e esperar
Na maldita esperança de alguém estender a mão

Cadê a vergonha? Não pode existir
Sem conhecimento do que se oculta
Eu luto todos os dias, e perco todos os dias
Agora eu imploro é por ajuda
Em cada sorriso forçado de Bom Dia

Mas eu vencerei
Somente quando todos eles chorarem
O que eu choro a cada segundo

Rafaela Oliveira Rafaela Oliveira Autor
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