Na cidadela em murros fechados
Galgo caminho, penosos passos.
Direção e rumo, pra onde for.
Destino, tino, pra onde vou?
Na areia vermelha, deixo meus passos,
Em barro duro, meus pés descalços,
Massapê? Sambo, mas não caio.
Persigo forte
Encontrar meu norte.
Libertar meu peito
Desta caixa forte.
O que sei da morte?
Miragem ao longe.
Pouco sei aonde
Mas ante que lhe encontre.
Me encherei de vida.
Escalarei seus montes.
Pra vida despido venho
Mas nela me construo
Me somo, me costuro,
Me invento, me molduro.
E dela sou filho e fruto.