Hum [suspiro longo e pesado]
A melancolia do término de algo que não começou,
Do rompimento de um laço que não se atou,
Do fim de algo que não teve inicio;
O palpitar de um coração tristonho pela perda de um amor que se construiu, consumou-se corrompeu-se, foi julgado, e injustamente declarado inválido,
Culpado!
A lagrima que desce do olhar cego, invisível e dolorosa, escorrendo pelo rosto senhoril do jovem amante ao raiar nublado de novembro.
A declaração calada numa mensagem falseada de harmonia e amizade, em uma relação de falsos amigos, ocultos amantes e verdadeiros corpos;
Como iludir-se com algo:
Que existe mas não é falado?
Que se consome sem ser comprado?
Que explode sem ser visto?
Os sinos que vibram sem soarem, o mar que se revolta em calmaria e o fogo que amança no incêndio?!
A tristeza pela imensa felicidade vivida
A felicidade pela dolorosa tristeza porvir
A recompensa pela entrega e lealdade
O amor desperdiçado
O coração despedaçado!
A dor produzindo beleza como nas ostras
E na poesia, ela é uma verdadeira fonte;
Trocando em miúdos:
Pode guardar as sobras de tudo que chama de lar
E as sombras de tudo que fomos nós!
Os restos de amor nos nosso lençóis
As nossas melhores lembranças;
A esperança de tudo se ajeitar pode esquecer;
E aquela aliança: você pode empenhar ou derreter"