Essa angustia que deixa meus olhos espantados,
Que esconde esse medo disfarçado,
Nesse suor frio, agonizante e molhado,
Cria-se um pesadelo nesse sonho sonhado.
Torna-se imbatível essa angustia,
Sufocante e já intima em meu ser,
Tão nítida, forte e não justa,
Faz-me querer perder sem ao menos ter.
Angustia que era pouca e tomo-me por inteiro,
Que nasceu, cresceu e em mim viveu,
Tornou-se tão grande, forte e rápido apossou-se do meu eu.
Angustia desfasada de amiga,
Que chega, entra e não avisa,
Arranja no peito moradia e em um instante se torna inimiga.