Poesia

Soneto da angustia

Soneto da angustia

Essa angustia que deixa meus olhos espantados,
Que esconde esse medo disfarçado,
Nesse suor frio, agonizante e molhado,
Cria-se um pesadelo nesse sonho sonhado.

Torna-se imbatível essa angustia,
Sufocante e já intima em meu ser,
Tão nítida, forte e não justa,
Faz-me querer perder sem ao menos ter.

Angustia que era pouca e tomo-me por inteiro,
Que nasceu, cresceu e em mim viveu,
Tornou-se tão grande, forte e rápido apossou-se do meu eu.

Angustia desfasada de amiga,
Que chega, entra e não avisa,
Arranja no peito moradia e em um instante se torna inimiga.

Jose A Da S Sousa Jose A Da S Sousa Autor
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